Toshiro não tinha aquele quê que os orientais em gerais tinham. Mas,apesar de ser filho de japonêses, tinha uma mentalidade aberta e muita força de vontade.
.Essa força o levou a buscar sorte em Zipang por cinco anos, longe de sua Liana.
O seu Hoje, já estava amanhecendo, quando o avião aterrisou no aeroporto de Guarulhos.
Desembarcou, pegou suas bagagens, passou pela alfândega e ganhou poucos passos para o saguão, onde Liana o aguardava ansiosamente.
Abraçou e beijou-a, usou de poucas palavras. O silêncio parecia aliviar as lágrimas de ambos. Cumprimentou cunhados, irmãos e seguiram viagem para casa. Muita emoção e poucas palavras. Enfim, o tão sonhado retorno para casa cerrava mais esta cortina do teatro de sua vida. Prometeu a ela que Zipang já era página virada do seu livro. Liana estava feliz,eufórica demais. Foram direto para o quarto. Direto para a cama.
.Toshiro tirou o relógio de pulso e ia colocar sobre a cabeceira quando viu 3 grãos de feijão e R$ 270,00. Curioso perguntou para a esposa:
- Mor, prá que esses feijões?
Sua mulher olhou e respondeu cabisbaixa:
- Tô não vou mentir para você. Foram cinco longos anos e eu fui fraca.Me perdoe mas te traí. Toda vez que te traí, coloquei um feijão sobre a cabeceira. Perdão meu amor. Me perdoa...
Toshiro sentiu tristeza mas seu coração ponderou. Em cinco anos ninguém suportaria. Nem ele suportou mais de 5 meses e já tinha dado das suas. Perdoou. Perdoou de coração e não confessou suas traições, que foram muitas. Jogou os 3 grãos pela janela afora, encerrando o passado.
Toshiro perguntou:
E esse dinheiro?
Novamente Liana respondeu cabisbaixa:
-Tô, não vou mentir prá você. Quando o kilo do feijão aumentou para cinco reais, fui ao Ceasa e vendi a saca por R$ 300,00. Perdão meu amor! Perdão!
Extraído das Crônicas do Continente perdido de Zipang...etc... |
Toshiro não tinha aquele quê que os orientais em gerais tinham. Mas,apesar de ser filho de japonêses, tinha uma mentalidade aberta e muita força de vontade.
.Essa força o levou a buscar sorte em Zipang por cinco anos, longe de sua Liana.
O seu Hoje, já estava amanhecendo, quando o avião aterrisou no aeroporto de Guarulhos.
Desembarcou, pegou suas bagagens, passou pela alfândega e ganhou poucos passos para o saguão, onde Liana o aguardava ansiosamente.
Abraçou e beijou-a, usou de poucas palavras. O silêncio parecia aliviar as lágrimas de ambos. Cumprimentou cunhados, irmãos e seguiram viagem para casa. Muita emoção e poucas palavras. Enfim, o tão sonhado retorno para casa cerrava mais esta cortina do teatro de sua vida. Prometeu a ela que Zipang já era página virada do seu livro. Liana estava feliz,eufórica demais. Foram direto para o quarto. Direto para a cama.
.Toshiro tirou o relógio de pulso e ia colocar sobre a cabeceira quando viu 3 grãos de feijão e R$ 270,00. Curioso perguntou para a esposa:
- Mor, prá que esses feijões?
Sua mulher olhou e respondeu cabisbaixa:
- Tô não vou mentir para você. Foram cinco longos anos e eu fui fraca.Me perdoe mas te traí. Toda vez que te traí, coloquei um feijão sobre a cabeceira. Perdão meu amor. Me perdoa...
Toshiro sentiu tristeza mas seu coração ponderou. Em cinco anos ninguém suportaria. Nem ele suportou mais de 5 meses e já tinha dado das suas. Perdoou. Perdoou de coração e não confessou suas traições, que foram muitas. Jogou os 3 grãos pela janela afora, encerrando o passado.
Toshiro perguntou:
E esse dinheiro?
Novamente Liana respondeu cabisbaixa:
-Tô, não vou mentir prá você. Quando o kilo do feijão aumentou para cinco reais, fui ao Ceasa e vendi a saca por R$ 300,00. Perdão meu amor! Perdão!
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